Em 1962, o antropólogo Claude Lévi-Strauss, lançou o livro O Pensamento Selvagem, marco da literatura antropológica mundial, seus estudos sobre mitos e ritos dos povos até então chamados “primitivos” ajudou a demonstrar que os povos considerados “selvagens” não eram atrasados ou menos evoluídos que os demais, apenas tinham modos distintos de organizar o conhecimento.  Para o autor os sistemas de conhecimento no mundo são equivalentes e não sucessivos na história da humanidade, em lugar de opor saberes científico e saberes da tradição, seria melhor colocá-los em paralelo como dois modos desiguais de conhecimentos quanto aos resultados teóricos e práticos, mas próximos quanto à função dos tipos e fenômenos aos quais são aplicados.